A morte de qualquer arte espiritual é a incapacidade na qual ela se encontra de atingir a dimensão concreta de um obra, e em nosso tempo, a crise do esoterismo moderno é, na realidade , uma crise poética ; e ''poesia '' não significa aqui uma arte entre outras, mas é o nome do ''fazer'' mesmo do ser humano, daquele operar produtivo do qual o ''fazer'' artístico é apenas um exemplo eminente e que parece hoje estender, em uma dimensão planetária , a sua potência no fazer da técnica e da produção industrial .A pergunta sobre sobre o destino do esoterismo moderno toca aqui uma zona na qual toda esfera do agir produtivo na sua integridade é posto em questão de modo original . Esse fazer produtivo (na forma do trabalho ) determina hoje em toda parte o estatuto do homem sobre a terra, entendido a partir da ''práxis'', isto é , da produção de efeitos reais ; e é precisamente porque afunda suas raízes na essência alienada de uma flutuação opiniosa e leviana, e faz de sua experiência na terra uma degradante passagem em branco , que o esoterismo moderno perde todo seu estatuto poético, isto é, pro-dutivo .
K.M.
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