quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Eruditos universitários grosseirões como ''amas de leite ''superiores ?

De jeito nenhum... Todo o sistema de ensino superior do Ocidente, há muito perdeu o que possuía de principal: seu ''fim'', bem como os ''meios'' para alcançar tal fim. Esqueceu-se completamente que a educação, a própria formação, é o seu fim, e que para alcançar esse fim necessita de educadores, não de professores ginasiais e eruditos universitários... São necessários educadores que sejam eles mesmos educados, espíritos superiores, nobres, provados a cada instante, provados pela palavra inspirada e pelo silêncio inspirado, culturas amadurecidas, ''doces'' ---- não esses eruditos grosseirões que os ginásios e universidades hoje oferecem aos jovens como ''amas de leite'' superiores. Descontadas as exceções das exceções, faltam educadores, e a primeira condição de uma autêntica educação: daí o declino terrível da cultura ocidental, que começa em seu ''berço pedagógico''. O que as universidades ocidentais, seja no primeiro ou no terceiro mundo,  alcançam efetivamente é apenas um ''adestramento '' brutal que, com menor dispêndio de tempo possível, visa tornar uma grande número de jovens aproveitáveis, exploráveis , para o mercado de trabalho. ''Educação superior '' e ''grande número'' ----- coisas que se contradizem de antemão. Toda educação realmente superior, elevada, pertence necessariamente ao reino excludente da vocação. E é preciso ser um espírito privilegiado para ter direito a privilégio tão raro. As coisas mais grandiosas e belas nunca foram um bem comum . Pulchrum est paucorum hominum. À que se deve tanto declínio cultural ? Ao fato de a educação superior não ser mais um ''privilégio'. Ninguém mais no Ocidente tem liberdade para oferecer aos seus filhos uma educação nobre: nossas universidades,com seus professores, com seus planos e metas de ensino, estão todos orientados para a mediocridade mais ambígua. E por toda parte do globo reina hoje essa pressa indecorosa, repulsiva, primata, como se alguma coisa crucial haveria de perder-se se um jovem não estivesse pronto para o ''mercado de trabalho'' ao vinte e poucos anos de idade; se ainda não soubesse responder à pergunta capital da Grande Rameira: ----- Qual profissão (?) . Homens de um tipo superior, se me permitem dizer, não gostam de ''profissões'', precisamente porque sabem possuírem ''vocações''... Eles tem tempo, são senhores do tempo, tomam todo o tempo para si mesmos, e de modo algum pensam idiotices do tipo ''ficar pronto'' . Nossas universidades superlotadas, nossos professores sobrecarregados, estupidificados, são um escândalo. Para se defender e se insistir numa situação como esta, talvez hajam ''causas'' ----- ''razões '' para tanto simplesmente não há.

K.M.

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