terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A "eterna" solução da Quintessência para vencer as crises


http://revistaorion.blogspot.com.br/2010/06/para-vencer-as-crises-somente-ha-sempre.html

Existe uma razão “muito simples” para todos os ciclos de renovação estarem tradicionalmente ligados ao número 5 (cinco): a Quintessência é a “extrapolação” do quaternário humano internamente conflituoso, o qual encerra com impasses e atrofias, tanto mais graves quanto maior for a amplitude do ciclo em vista.
Observemos todas estas crescentes tradições “escatológicas”: é o “Fogo Novo” (52 anos) dos maias-nahuas e o Jubileu (50 anos) social dos hebreus; é o Pachacuti dos incas e o ciclo-Fênix (500 anos) dos egípcios; é a Era solar dos maias-nahuas ou a raça-raiz dos teósofos (5 mil anos), e até mesmo a “Era galática” (52 mil anos) dos “maias cósmicos”...

Nisto tudo, temos a própria estruturação da cultura humana, em seus ciclos de geração, etnia, raça e espécie. A mudança e a evolução se dá em cada caso, após a síntese dos quaternários -quando a evolução humana alcança o seu limite natural-, dentro das diferentes grandezas, ou seja: sempre “ciclos dentro de ciclos”, especialmente através dos valores proporcionais (também chamados fractais) baseados no valor 5.
Esta quintessência transformadora, ocorre então mediante a intervenção da Hierarquia, dos Mestres que tem as suas mentes alinhadas com a transcendência e com a unidade da matéria, levando a uma concórdia universal. Assim, na prática, a superação das crises humanas apenas acontece através do alinhamento da Humanidade com a Hierarquia de Luz, naquilo que representa a própria essência dos ensinamentos escatológicos. Depois, disto, as Idades Maiores da Terra, de Ouro e Prata, mantém a sua elevada luz, apenas porque este sagrado vínculo universalista alcança ser preservado.

É tarefa da Loja Branca, demonstrar que a saída de uma crise, não depende apenas desta ou daquela medida isolada, porque sem a colaboração de todos, qualquer coisa será inócua. A união e a capacidade comum de abarcar o Outro e o Diferente (para mais e para menos) é, daí, o preço da evolução e da liberação dos impasses históricos.

O quaternário humano é um campo de tensão, de criação e de conflito, de luta-de-interesses e visões setoriais. Uma etapa se constrói sobre a anterior, e o faz mediante a crítica do passado e suas instituições “decadentes”.

Com isto, os sectários e os partidários, querem simplesmente banir as instituições sujeitas à distorções, numa luta acirrada de classes, e assim empobrecer a civilização, levando a uma ditadura de visão-única. Mas os sábios querem reformar as instituições e renová-las, projetando vida nova nelas, reaproveitando aquilo que de um modo ou de outro, sempre funcionou.

É importante dizer aqui, que a Hierarquia nunca busca este propósito para si mesma, mas para que a própria Humanidade possa seguir evoluindo. Os Mestres não almejam interferir ativamente nas coisas humanas, pelo contrário, eles administram a própria evolução humana como um educador cuida dos interesses das crianças, ou como um jardineiro trata com esmero as necessidades das suas plantas. Porque de outra forma a evolução humana jamais teria sequer começado.

Tudo isto tampouco é feito sem a consulta social, pelo contrário, todos são chamados a colaborar no entendimento de que cada ciclo, apenas pode ser ultrapassado pela união de todos. Esta união é a própria chave da re-evolução e da transformação.

Internamente, ela é a chave sociológica para a definitiva ascensão de uma nova classe emergente, trazendo ao mundo valores renovadores que permitam superar uma atrofia sócio-cultural atávica. Aqui, a chave da evolução é a consciência-de-classe e a importância da união dos seus representantes, seja em sindicatos, em clubes ou em ordens.

Externamente, a união é a chave civilizatória que possibilita a mudança cultural mais ampla de valores gerais, envolvendo nisto ciclos e crises maiores, algo todavia importante de tratar hoje em dia, porque os nossos tempos abrangem vários ciclos, no mínimo aquele solar-racial de 5 mil anos e, em breve, também aquele “supremo” de 52 mil anos.

Então, porque não falar também das bases, que é a união íntima de cada pessoa, que é afinal onde tudo começa? Esta unidade pode começar pelo entendimento de que estamos todos em evolução, atravessamos etapas e formas sucessivas de compreensão das coisas, entre elas através de iniciações. E também que a Verdade apenas se apresenta a nós através de sínteses, valendo para isto estudar a dialética das idéias. Aqui podemos, na ordem fractal ora em vista, estimar os ciclos de 5 anos para cada mudança interior, ou mesmo no 4x5=20 que é o katun maia.

Assim, a fórmula-de-união que se demanda nestes dias, quando as crises são de tais proporções, implica em: 1. união íntima de cada pessoa consigo mesma; 2. união interna das classes emergentes (idealistas e espiritualistas); 3. união social das classes em geral, pró-nova Civilização; e 4. união dos centros da Humanidade da Hierarquia, e também da Divindade no caso da transição de Eras e Raças, como de fato ocorre em 2012, trazendo uma nova manifestação avatárica.

Ora, uma coisa muito importante de entender aqui, é que o fractal é uma chave-de-ativação mágica mediante a analogia. Quando estudamos uma raça-raiz, sabemos que uma raça é acionada através da sub-raça numericamente análoga da raça anterior. Num exemplo mais concreto, fica fácil estimar que a ascensão de uma classe burguesa, seria capaz de catapultar a emergência todo um ciclo de civilização também burguês, caso as condições raciais estejam para isto predisponentes, como aconteceu na Atlântida. Ou então, uma sociedade com 500 anos de idade, pode alavancar uma nova civilização de 5 mil anos, como acontece em nossos dias, sendo esta uma da explicações da manifestação da Hierarquia em nossos dias, tal como Krishna também apareceu há 5 mil anos atrás.

O caso hoje vigente, é que a raça em emergência a partir de 2012 (que é a Raça-raiz Americana ou Teluriana) é sacerdotal, religiosa e espiritualista (tal como a raça árya que termina é aristocrática e idealista). Tudo isto confere uma importância especial à classe dos místicos e dos religiosos em nossos dias e no porvir. Num certo sentido, este ciclo começou a ser impulsionado pela quarta sub-raça árya, que foi a céltica. Porém, hoje se começa a organizar a espiritualidade racial, e dentro de um dos mais completos e importantes calendários sociais, que é o Calendário Cronocrator,* a etapa sócio-espiritual da nova raça começa a se formar no princípio do próximo século (o XXII), havendo todavia a partir de 2020 uma transição em direção ao próximo ciclo social.

Como geração, classe e raça antecedente, não podemos todavia apenas “esperar” que a próxima geração e século “façam a sua parte”, como se nada tivéssemos a ver com isto. Se estamos aqui hoje, é porque muita gente trabalhou em muitos níveis e esferas, para que tal fosse possível, e temos agora a tarefa histórica de fazer o mesmo e ainda mais pelos próximos ciclos. Assumir esta tarefa é preparar o futuro, quiçá para nós mesmos numa outra dimensão, sendo inclusive uma forma de “investir no invisível”.

Será esta a forma como poderemos “viver o futuro”: construindo-o. De algum modo, estaremos antecipando as coisas, e as sementes de realizações que receberemos, já valerão a pena os sacrifícios que fizermos agora por estes esforços abnegados em prol do Amanhã de Luz e pela redenção e evolução do planeta.

* Este Calendário emprega os diversos ciclos de conjunções entre Saturno e Júpiter. Sua forma aproximada de estes ciclos é: 50 anos (gerações), 250 anos (classes), 1.000 anos (Idades), 5.000 anos (Civilização) e 25.000 anos (espécie).

Da obra “A Espiral do Tempo”, LAWS, Ed. Agartha, AP.

sábado, 28 de janeiro de 2017

O Carma Insolúvel das Falsas Soluções



http://religiaodavida.blogspot.com.br/2012/10/o-carma-insoluvel-das-falsas-solucoes.html

Vamos observar o que pode resultar ao(s) protagonista(s) do aborto, e também refutar alguns dos argumentos levantados pelos que defendem a sua “liberação”.

Inicialmente, deve-se saber que a prática injustificada do aborto (sem atenuantes graves como o terapêutico) e o uso similar de anticoncepcionais, são uma das principais causas do carma na sociedade.

A razão para isto é simples (embora sempre ignorada): o homem não tem o direito de afrontar a natureza a este ponto. Inicialmente, ele deve compreender que o sexo não é uma mera fonte de prazer. Serve, em princípio, para a geração de filhos; daí que o aborto representa uma agressão direta contra a própria função natural. Para o prazer em si existe o amor puro, mesmo no relacionamento íntimo, o que representa, porém, uma energia elevada que requer uma profunda e necessária reeducação da humanidade, até se chegar a poder administrar as coisas ao nível de almas-gêmeas, unicamente onde a perfeição é possível.

Todavia, se o homem e a mulher convivem com a perspectiva de acatar naturalmente os frutos de seus atos, sem usar contraceptivos e muito menos abortar, o carma da busca do prazer por esta via pode ser ainda administrável

O aborto é covarde não apenas porque afronta a natureza e sacrifica um ser inocente, mas também porque muitas vezes é feito à sombra da lei. Raramente alguém é punido pela lei humana por isto. No entanto, isto não significa que fique impune nos planos espirituais, podendo não raro resultar na perda da proteção das forças da luz, sendo-se vítima do ataque das trevas e vindo até a perder a alma, tornando-se um escravo sexual ou alguém incapaz de amar verdadeiramente. Pois este já é em princípio um carma insaldável numa única existência, um dos chamados “pecados mortais”.

Isto é muito comum entre pessoas que fazem repetidos abortos –verdadeiro suicídio da Alma. A Igreja não enterra os suicidas em seus “campos santos”, simbolizando com isto a situação de ausência de paz daqueles que se suicidam, servindo também aos que fazem abortos sistematicamente. Madre Tereza de Calcutá dizia que o maior inimigo da paz é o aborto, e isto é claro se considerarmos que “a paz do indivíduo é a paz do mundo”.

Uma das conseqüências será, portanto, a impossibilidade de amar profundamente pela perda da alma. Mas acarreta também em azar para toda vida, pois o destino tende a fugir das pessoas que não respeitam as leis mais fundamentais.

Em medidas variáveis, as únicas formas de saldar este pesado carma são:

1. Pela religião e mediante a intercessão de um grande Sacerdote;

2. Orando muito pela alma dos inocentes rejeitados;

3. Com trabalhos de conscientização e reeducação da humanidade, promovendo cruzadas em defesa de toda a vida, inclusive não envolvendo-se com nada que implique no sacrifício de animais;

4. Através do processo reencarnatório penoso e a permanência em infernos ou limbos, onde a pessoa será vítima ela mesma de abortos, vindo a conhecer o mais puro terror e injustiça vivido pelas almas puras e inocentes sujeitas a esta situação;

5. Tendo filhos em número igual ou maior ao de abortos; ou em situações semelhantes à que motivara os abortos; ou acatando filhos gerados por antigos parceiros do cônjuge; ou pela adoção de órfãos ou abandonados, o que pode ser em número menor ao de abortos realizados;

6. Pela perda ou o afastamento de filhos próprios;

7. Pela busca consciente e determinada da alma-gêmea, cujo contato é particularmente dificultado nestes casos;

8. Pela Iluminação do indivíduo, por uma via dolorosa.

O aborto nos impedirá de ser feliz no amor, afastará a nossa alma-gêmea, e se porventura esta forçar a situação buscando uma aproximação maior, poderá ser precipitada também ela nos infernos, perdendo a sua própria proteção espiritual. Não é raro que, por amor, um amante aceite esta prova para atenuar o carma de sua alma-gêmea, tal como os mestres também fazem em relação aos seus discípulos.

Entre os argumentos mais comuns dos defensores da liberação do aborto estão os seguintes, que passaremos a contestar:

1. O embrião ou feto não representa um ser humano dotado de auto-consciência até antes de cerca de 3 meses (a Igreja considera 40 dias como tolerância). Refutação: Se a teoria reencarnacionista é verdadeira (e provas contundentes existem neste sentido), então este argumento cai por terra imediatamente;

2. É eticamente melhor abortar do que dar uma má educação. Refutação: Sempre se pode dar a criança a terceiros para criar ou educar; de qualquer forma, dificilmente alguém declararia em sã consciência preferir não ter nascido: a vida é em si o maior, o mais poderoso e definitivo dos argumentos. Mas isto tampouco poderia ser feito apenas para que a pessoa siga alienadamente pelos mesmos descaminhos: a Tradição Sagrada reza que aquele que renuncia a uma família na Terra, deve se dedicar com todas as forças à grande família do mundo, até que salde o seu carma e, quem sabe, conquiste uma nova síntese;

3. Nenhuma mulher tem o dever de acatar frutos de estupros. Refutação: Isto tampouco é tema pacífico, porquanto se pode inserir o estupro numa forma de carma social, muito semelhante ao roubo motivado por pobreza (o estupro seria um “roubo de amor”). A idéia de que “cada um é dono de seu corpo” é extremamente relativa. Somos todos partes de um conjunto regido por leis: ninguém cria a si próprio e nem à vida em suas origens. É claro que o ser humano tem o livre-arbítrio. Mas isto não significa que inexistam leis morais, ou que as infrações possam ficar impunes.

Tudo isto significa que o uso de contraceptivos artificiais tampouco representa nenhuma solução verdadeira para a humanidade. Pois o que devemos ter claro, é que o sexo como tal se destina a gerar filhos. É verdade que o homem pode praticá-lo amplamente e de forma natural evitando estes frutos, devido ao exíguo tempo da fertilidade feminina e de todos os recursos que oferece a sexualidade. Porém, ele apenas começa a se regenerar quando assume uma dimensão superior e busca a felicidade no mais alto, apostando quiçá numa síntese futura entre matéria e espírito na forma do amor verdadeiro, o qual está espiritualmente sacramentado e sujeito a mecanismos próprios de regulagem e de equilíbrio, superando todos os problemas do sexo ilegítimo.

Mas até lá, quando estiverem instituídas as buscas sistemáticas das almas-gêmeas, com o controle interno perfeito implantado e ninguém tiver medo de ter filhos, devemos evitar radicalismos neste campo, tanto como evitamos em outros. Se queremos ser perfeitos neste tema tão complexo, devemos também ser perfeitos em outras áreas – alimentação, por exemplo. Certamente o vegetarianismo e o frugivorismo, que são as dietas mais elevadas do ser humano, ajudariam muito na solução dos problemas da sexualidade.
O controle natural é um ideal a ser alcançado e isto requer um série de fatores, entre eles o auto-controle masculino e a regularidade dos ciclos da mulher.

É relativamente errônea a idéia de que o sexo se destina unicamente à procriação, e que por isto o uso de anticonceptivos agridem uma lei natural. Os anticoncepcionais apenas ampliam o tempo de proteção contra a gravidez ou anulam a sua possibilidade.
Regularmente, tocaria à mulher adotar as medidas anticonceptivas para o casal, uma vez que é ela quem engravida e está sujeita a ciclos. Se o assunto fosse depender apenas do homem (quando ele não pode confiar na mulher, por exemplo), ele teria que adotar um sistema cotidiano e permanente, ou desistir de praticar a sexualidade. Por isto os homens tendem a tomar medidas drásticas como é a vasectomia, que possui muitas vezes um caráter definitivo.

Por outro lado, o sexo representa apenas uma referência do amor, onde já não haveria necessidade de medidas protetivas de qualquer espécie. Mas não há porque complicar em excesso a vida daqueles que estão nas etapas iniciais de sua evolução e que buscam o direito à felicidade. Será então uma questão de se buscar o chamado mal menor.

A bem da verdade, almas-gêmeas não é apenas o relacionamento da nova raça, pois é da mesma forma o relacionamento da Idade de Ouro que abre as raças, dita também “Idade da Verdade”, porque este é o relacionamento puro e verdadeiro entre um homem e uma mulher, com respeito à ordem natural e sob as bençãos do espírito. O fato da Idade de Ouro ter pouca gente (sendo esta uma das condicionantes de ser perfeita), não se deve apenas ao fato de herdar o grande morticínio cármico planetário da transição racial, onde 2/3 da humanidade perece. Se deve ainda mais à eficiência dos métodos anticonceptivos naturais preventivos e universais adotados nesta época de pureza, métodos que são de natureza física, psicológica, mental e espiritual. A própria intimidade áurea é pura, não obstante plena, profunda e misteriosa.

Da obra "Almas-gêmeas", LAWS, Ed. Agartha

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

LA JUNTURA



http://web.archive.org/web/20071011123236/http://jacquesderrida.com.ar/textos/saussure_3.htm

Jacques Derrida
Traducción de O. Del Barco y C. Ceretti en DERRIDA, J., De la gramatología, Siglo XXI, México, 1998, pp. 85-95. Edición digital de Derrida en castellano.

Jacques Derrida


3. La juntura


Supongo que usted ha soñado encontrar una sola palabra para designar la diferencia y la articulación. Al azar del “Robert” tal vez la encontré, a condición de jugar con la palabra o, más bien, de señalar su doble sentido. Esta palabra es brisure [juntura, en esta traducción (N. del T.)]: “--Parte quebrada, desgarrada. Cf. brecha, rotura, fractura, falla, hendidura, fragmento.-- Articulación por medio de una bisagra de dos partes de una obra de carpintería, de cerrajería. La juntura de un postigo. Cf. joint. Roger Laporte (casta).


Origen de la experiencia del espacio y del tiempo, esta escritura de la diferencia, este tejido de la huella, permite articularse a la diferencia entre el espacio y el tiempo, que aparezca como tal en la unidad de una experiencia (de una “misma” vivencia a partir de un “mismo” cuerpo propio). Esta articulación permite entonces a una cadena gráfica ( visual o “táctil”, “espacial”) adaptarse, eventualmente de manera lineal, a una cadena hablada (“fónica”, “temporal”). Es preciso partir de la posibilidad primera de esta articulación. La diferencia es la articulación.

Es lo que dice Saussure en contradicción con el Capítulo VI:



“La cuestión del aparato vocal es, pues, secundaria en el problema del lenguaje. Cierta definición de lo que se llama lenguaje articulado podría confirmar esta idea. En latín articulus significa ‘miembro, parte, subdivisión en una serie de cosas’; en el lenguaje, la articulación puede designar o bien la subdivisión de la cadena hablada en sílabas, o bien la subdivisión de la cadena de significaciones en unidades significativas. . . Ateniéndonos a esta segunda definición, se podría decir que no es el lenguaje hablado el natural al hombre, sino la facultad de constituir una lengua, es decir, un sistema de signos distintos que corresponden a ideas distintas” (pp. 52/53. La bastardilla es nuestra).


La idea de “impronta psíquica” se comunica, por lo tanto, esencialmente, con la idea de articulación. Sin la diferencia entre lo sensible que aparece y su aparecer vivido (“impronta psíquica”), la síntesis temporalizadora, que permite a las diferencias aparecer en una cadena de significaciones, no podría realizar su obra. Que la “impronta” sea irreductible, esto también quiere decir que el habla es originariamente pasiva, pero en un sentido de la pasividad que toda metáfora intramundana no podría sino traicionar. Esta pasividad es también la relación con un pasado, con un allí-desde-siempre al que ninguna reactivación del origen podría dominar plenamente y despertar a la presencia. Esta imposibilidad de reanimar absolutamente la evidencia de una presencia originaria nos remite entonces a un pasado absoluto. Esto es lo que nos autoriza a llamar huella a aquello que no se deja resumir en la simplicidad de un presente. Se nos podría haber objetado, en efecto, que en la síntesis indivisible de la temporalización, la protensión es tan indispensable como la retención. Y sus dos dimensiones no se agregan sino que se implican una a la otra de una extraña manera. Lo que se anticipa en la protensión no disocia menos al presente de su identidad consigo que lo que se retiene en la huella. Por cierto. Pero al privilegiar la anticipación se correría el riesgo de cancelar la irreductibilidad del allí-desde-siempre y la pasividad fundamental que se llama tiempo. Por otra parte, si la huella remite a un pasado absoluto es porque nos obliga a pensar un pasado que sólo puede comprenderse en la forma de la presencia modificada, como un presente-pasado. Ahora bien, como pasado siempre ha significado un presente-pasado, el pasado absoluto que se retiene en la huella no merece más, rigurosamente, el nombre de “pasado”. Otro nombre más para tachar, tanto más cuanto que el extraño movimiento de la huella anuncia tanto como recuerda: la différance difiere. Con igual precaución y bajo la misma tachadura, puede decirse que su pasividad es también su relación con el “porvenir”. Los conceptos de presente, de pasado y de porvenir, todo lo que en los conceptos de tiempo y de historia supone la evidencia clásica -el concepto metafísico de tiempo en general- no puede describir adecuadamente la estructura de la huella. Y desconstruir la simplicidad de la presencia no equivale sólo a tener en cuenta los horizontes de presencia potencial, es decir una “dialéctica” de la protensión y de la retención que se instalaría en el corazón del presente en lugar de abarcarlo. No se trata de complicar la estructura del tiempo conservando en él su homogeneidad y su sucesividad fundamentales, mostrando, por ejemplo, que el presente pasado y el presente futuro constituyen originariamente, dividiéndola, la forma del presente viviente. Semejante complicación, que en suma es la que Husserl ha descripto, se atiene, pese a una audaz reducción fenomenológica, a la evidencia, a la presencia de un modelo lineal, objetivo y mundano. El ahora B estaría como tal constituido por la retención del ahora A y la protensión del ahora C; pese a todo el juego que se deriva de esto, por el hecho de que cada uno de los tres ahora reproduce en sí mismo esta estructura, este modelo de la sucesividad impediría que un ahora X tomara el lugar de un ahora A, por ejemplo, y que, mediante un efecto de retardo inadmisible para la conciencia, una experiencia fuese determinada incluso en su presente, por un presente que no la habría precedido inmediatamente sino que sería muy “anterior"·. Es el problema del efecto de retardo (nachträglich) de que habla Freud. La temporalidad a que se refiere no puede ser la que se presta a una fenomenología de la conciencia o de la presencia y, sin duda, se puede entonces negar el derecho de llamar todavía tiempo, ahora, presente anterior, retardo, etc., todo lo que aquí se discute.

En su máxima formalidad este inmenso problema se enunciaría así: ¿la temporalidad descripta por una fenomenología trascendental, por más “dialéctica” que sea, es un suelo al que sólo vendrían a modificar las estructuras, digamos inconscientes, de la temporalidad? ¿O bien el modelo fenomenológico está constituido, como una trama de lenguaje, de lógica, de evidencia, de seguridad fundamental, sobre una cadena que no es la suya? ¿Y que, tal es la dificultad más aguda, no tenga más nada de mundano? Porque no es un azar si la fenomenología trascendental de la conciencia interna del tiempo, tan deseosa sin embargo de poner entre paréntesis el tiempo cósmico, deba, en tanto conciencia e incluso en tanto conciencia interna, vivir un tiempo cómplice del tiempo del mundo. Entre la conciencia, la percepción (interna o externa) y el “mundo”, tal vez no sea posible la ruptura, incluso ni bajo la forma sutil de la reducción.

Es pues en un cierto sentido inaudito que el habla está en el mundo, enraizada en esta pasividad que la metafísica denomina sensibilidad en general. Como no existe un lenguaje no metafórico para oponer aquí a las metáforas, es necesario, como lo quería Bergson, multiplicar las metáforas antagónicas. “Querer sensibilizado”, así es como Maine de Biran, por ejemplo, con una intención un poco diferente, denominaba al habla vocal. Que el logos sea ante todo impronta y que esta impronta sea la fuente escriptural del lenguaje, esto significa en realidad que el logos no es una actividad creadora, el elemento continuo y pleno del habla divina, etc. Pero no se habría dado un paso fuera de la metafísica si no se retuviera de esto más que un nuevo motivo de “regreso a la finitud”, de la “muerte de Dios”, etc. Es esta conceptualidad y esta problemática lo que se debe desconstruir. Pertenecen a la onto-teología que niegan. La différance es también otra cosa que la finitud.

Según Saussure la pasividad del habla es, ante todo, su relación con la lengua. La relación entre la pasividad y la diferencia no se distingue de la relación entre la inconsciencia fundamental del lenguaje (como enraizamiento en la lengua) y el espaciamiento (pausa, blanco, puntuación, intervalo en general, etc.) que constituye el origen de la significación. Porque “la lengua es una forma y no una sustancia” (p. 206) es que, paradójicamente, la actividad del habla puede y debe abrevar siempre en ella. Pero si es una forma es porque “en la lengua no hay más que diferencias” (p. 203). El espaciamiento (se notará que esta palabra dice la articulación del espacio y del tiempo, el devenir-espacio del tiempo y el devenir-tiempo del espacio) es siempre lo no-percibido, lo no-presente y lo no-consciente. Como tales, si aún es posible servirse de esta expresión de una manera no fenomenológica: ya que aquí superamos inclusive el límite de la fenomenología. La archi-escritura como espaciamiento no puede darse, como tal, en la experiencia fenomenológica de una presencia. Señala el tiempo muerto en la presencia del presente viviente, en la forma general de toda presencia. El tiempo muerto trabaja. Por esta razón, una vez más, pese a todos los recursos discursivos que debe pedirle en préstamo, es que el pensamiento de la huella nunca se confundirá con una fenomenología de la escritura. Así como es imposible una fenomenología del signo en general, también es imposible una fenomenología de la escritura. Ninguna intuición puede realizarse en el lugar donde “los ‘blancos’, en efecto, adquieren importancia” (Prefacio al Golpe de dados).

Tal vez se comprenda mejor por qué Freud dice del trabajo del sueño que es comparable más bien a una escritura que a un lenguaje, y a una escritura jeroglífica más que a una escritura fonética.[i] Y por qué Saussure dice de la lengua que “no es una función del sujeto hablante” (p. 57). Proposiciones que deben entenderse, con o sin la complicidad de sus autores, más allá de las simples inversiones de una metafísica de la presencia o de la subjetividad consciente. Constituyéndolo y dislocándolo simultáneamente, la escritura es distinta del sujeto, en cualquier sentido que se lo entienda. Nunca podría pensarse bajo su categoría; de cualquier manera que se la modifique, que se la afecte de conciencia o de inconsciencia, remitirá, a todo lo largo de su historia, a la sustancialidad de una presencia impasible ante los accidentes o a la identidad de lo propio en la presencia de la relación consigo. Y se sabe que el hilo de esta historia no corría en los márgenes de la metafísica. Determinar una X como sujeto nunca es una operación de pura convención; en cuanto a la escritura jamás es un gesto indiferente.

Ahora bien, el espaciamiento como escritura es el devenir-ausente y el devenir-inconsciente del sujeto. Mediante el movimiento de su deriva, la emancipación del signo constituye retroactivamente el deseo de la presencia. Este devenir -o esta deriva- no le sucede al sujeto que lo elegiría o que se dejaría llevar pasivamente por él. Como relación del sujeto con su muerte, dicho devenir es la constitución de la subjetividad. En todos los niveles de organización de la vida, vale decir de la economía de la muerte. Todo grafema es de esencia testamentaria.[ii] Y la ausencia original del sujeto de la escritura es también la de la cosa o del referente.

En la horizontalidad del espaciamiento, que no es una dimensión distinta a la de que hasta aquí hemos hablado y que no se opone a ella como la superficie a la profundidad, inclusive no hay que decir que el espaciamiento corta, cae y hace caer en el inconsciente: éste no es nada sin esta cadencia y esta cisura. La significación sólo se forma, así, en el hueco de la différance: de la discontinuidad y de la discreción, de la desviación y de la reserva de lo que no aparece. Esta juntura del lenguaje como escritura, esta discontinuidad ha podido contrariar, en un momento dado, en la lingüística, un precioso prejuicio continuista. Renunciando a él, la fonología debe renunciar a toda distinción radical entre habla y escritura, renunciar no a sí misma sino al fonologismo. Lo que reconoce Jakobson a este respecto aquí nos importa mucho:



“el flujo del lenguaje hablado, físicamente continuo, confronta en el origen la teoría de la comunicación con una situación ‘considerablemente más complicada’ (Shannon y Weaver) que el conjunto finito de elementos discretos que presenta el lenguaje escrito. El análisis lingüístico, no obstante, ha llegado a resolver el discurso oral en una serie finita de informaciones elementales. Estas unidades discretas, últimas, llamadas “rasgos distintivos”, son agrupadas en ‘haces’ simultáneos denominados fonemas, los que, a su vez, se encadenan para formar secuencias. Así, por lo tanto, la forma, en el lenguaje, tiene una estructura manifiestamente granular y es susceptible de una descripción cuántica.”[iii]


La juntura señala la imposibilidad, para un signo, para la unidad de un significante y de un significado, de producirse en la plenitud de un presente y de una presencia absoluta. Por esto es que no hay habla plena, aunque se la quiera restaurar mediante o contra el psicoanálisis. Antes de soñar con reducirla o con restaurar el sentido del habla plena que dice ser la verdad, es necesario plantear la pregunta acerca del sentido y de su origen en la diferencia. Tal es el lugar de una problemática de la huella.

¿Por qué la huella? ¿Qué nos ha guiado en la elección de esta palabra? Ya comenzamos a responder a esta pregunta. Pero este problema es tal, y tal la naturaleza de nuestra respuesta, que los lugares de uno y otra deben desplazarse constantemente. Si las palabras y los conceptos sólo adquieren sentido en encadenamientos de diferencias, no puede justificarse su lenguaje, y la elección de los términos, sino en el interior de una tópica y de una estrategia históricas. La justificación nunca puede ser absoluta y definitiva. Responde a un estado de fuerzas y traduce un cálculo histórico. De esta manera cierto número de datos pertenecientes al discurso de la época nos han impuesto esta elección más que aquellos que hemos definido ya. La palabra huella debe hacer referencia por sí misma a un cierto número de discursos contemporáneos con cuya fuerza esperamos contar. No se trata de que aceptemos la totalidad de los mismos. Pero la palabra huella establece con ellos la comunicación que nos parece más segura y nos permite economizar los desarrollos que ya han demostrado su eficacia. Así aproximamos este concepto de huella al que está en el centro de los últimos escritos de E. Levinas y de su crítica de la ontología:[iv] relación con la illistas como con la alteridad de un pasado que nunca fue ni puede ser vivido bajo la forma, originaria o modificada, de la presencia. Vinculada aquí. y no en el pensamiento de Levinas, con una intención heideggeriana, esta noción significa, a veces más allá del discurso heideggeriano, la destrucción de una ontología que en su desarrollo más profundo determinó el sentido del ser como presencia y el sentido del lenguaje como continuidad plena del habla. Volver enigmático lo que cree entenderse bajo los nombres de proximidad, inmediatez, presencia (lo próximo, lo propio y el pre- de la presencia. tal sería entonces la intención última del presente ensayo. Esta desconstrucción de la presencia pasa por la desconstrucción de la conciencia, vale decir por la noción irreductible de huella (Spur), tal como aparece en el discurso nietzscheano y en el freudiano. En fin, en todos los campos científicos y especialmente en el de la biología, esta noción aparece actualmente como dominante e irreductible.

Si la huella, archi-fenómeno de la “memoria”, que es preciso pensar antes de la oposición entre naturaleza y cultura, animalidad y humanidad, etc., pertenece al movimiento mismo de la significación, ésta está a priori escrita, ya sea que se la inscriba o no, bajo una forma u otra, en un elemento “sensible” y “espacial” que se llama “exterior”. Archi-escritura, primera posibilidad del habla, luego de la “grafía” en un sentido estricto, lugar natal de la “usurpación” denunciada desde Platón hasta Saussure, esta huella es la apertura de la primera exterioridad en general, el vínculo enigmático del viviente con su otro y de un adentro con un afuera: el espaciamiento. El afuera, exterioridad “espacial” y “objetiva” de la cual creemos saber qué es como la cosa más familiar del mundo, como la familiaridad en sí misma, no aparecería sin la grama, sin la différance como temporalización, sin la no-presencia de lo otro inscripta en el sentido del presente, sin la relación con la muerte como estructura concreta del presente viviente. La metáfora estaría prohibida. La presencia-ausencia de la huella, aquello que no tendría que llamarse su ambigüedad sino su juego (pues la palabra “ambigüedad” requiere la lógica de la presencia, incluso cuando dicha palabra empieza a desobedecerle), lleva en sí los problemas de la letra y del espíritu, del cuerpo y del alma y de todos los problemas cuya afinidad primitiva hemos recordado. Todos los dualismos, todas las teorías de la inmortalidad del alma o del espíritu, así como los monismos, espiritualistas o materialistas, dialécticos o vulgares, son el tema único de una metafísica cuya historia debió tender toda hacia la reducción de la huella. La subordinación de la huella a la presencia plena que se resume en el logos, el sometimiento de la escritura bajo un habla que sueña con su plenitud, tales son los gestos requeridos por una onto-teología que determina el sentido arqueológico y escatológico del ser como presencia, como parusía, como vida sin différance: otro nombre de la muerte, metonimia historial donde el nombre de Dios, mantiene la muerte a distancia. Tal la razón por la cual, si bien este movimiento inicia su época bajo la forma del platonismo, se realiza en el momento de la metafísica infinitista. Sólo el ser infinito puede reducir la diferencia en la presencia. En este sentido el nombre de Dios, tal como se pronuncia en los racionalismos clásicos, es el nombre de la indiferencia en sí misma. Sólo el infinito-positivo puede suprimir la huella, “sublimarla” (se ha propuesto recientemente traducir el término hegeliano Aufhebung por sublimación; esta traducción vale lo que vale como traducción, pero aquí nos interesa esta aproximación). No se debe hablar, por lo tanto, de “prejuicio teológico”, que funciona aquí o allá cuando se trata de la plenitud del logos: el logos como sublimación de la huella es teológico. Las teologías infinitistas siempre son logocentrismos, sean o no creacionismos. Incluso Spinoza decía del entendimiento -o logos- que era el modo infinito inmediato de la sustancia divina, llamándolo incluso su hijo eterno en el Court Traité. Por lo tanto, es a esta época que “culmina” con Hegel, con una teología del concepto absoluto como logos, que pertenecen todos los conceptos no críticos acreditados por la lingüística, al menos en la medida en que debe confirmar -¿de qué manera una ciencia podría eximirse de ello?- el decreto saussuriano que recorta el “sistema interno de la lengua”.

Son precisamente estos conceptos los que han permitido la exclusión de la escritura: imagen o representación, sensible e inteligible, naturaleza y cultura, naturaleza y técnica, etc. Son solidarios de toda la conceptualidad metafísica y en particular de una determinación naturalista, objetivista y derivada, de la diferencia entre el afuera y el adentro.

Y sobre todo de un “concepto vulgar del tiempo”. Tomamos esta expresión de Heidegger. Ella esboza, al final de Sein und Zeit, un concepto del tiempo pensado a partir del movimiento espacial o del ahora, que domina toda la filosofía, desde la Física de Aristóteles hasta la Lógica de Hegel.[v] Concepto que determina toda la ontología clásica y que no nació de un error filosófico o de un desfallecimiento teórico. Es interior a la totalidad de la historia de Occidente, a lo que une su metafísica con su técnica. Más adelante lo veremos comunicar con la linearización de la escritura y el concepto lineal del habla. Tal linearismo es sin duda inseparable del fonologismo: éste puede levantar la voz en la medida en que una escritura lineal parece sometérsele. Toda la teoría saussuriana de la “linearidad del significante” podría interpretarse desde este punto de vista.



“...los significantes acústicos no disponen más que de la línea del tiempo; sus elementos se presentan unos tras otros; forman una cadena. Este carácter se destaca inmediatamente cuando los representamos por medio de la escritura...” ·El significante, por ser de naturaleza auditiva, se desenvuelve únicamente en el tiempo y tiene los caracteres que toma del tiempo: a ) representa una extensión y b ) esa extensión es mensurable en una sola dimensión; es una línea.” [vi]


Este es un punto en el que Jakobson se separa de Saussure de una manera decisiva, sustituyendo la homogeneidad de la línea por la estructura de alcance musical, “el acorde en música”.[vii] Lo que está en discusión aquí no es la afirmación de Saussure de la esencia temporal del discurso, sino el concepto de tiempo que conduce esa afirmación y ese análisis: tiempo concebido como sucesividad lineal, como “consecutividad”. Modelo que sólo funciona en todas sus partes en el Curso, pero Saussure parece estar menos seguro de él en los Anagrammes. En todo caso, su valor le parece problemático, y un valioso parágrafo elabora un problema dejado en suspenso:



“El hecho de que los elementos formen una palabra sucediéndose, es una verdad que sería mejor no considerar, en lingüística, como una cosa sin interés a causa de su evidencia sino que, por el contrario, da de antemano el principio central para toda reflexión útil sobre las palabras. En un campo absolutamente especial como el que tenemos que tratar, es siempre en virtud de la ley fundamental de la palabra humana en general que puede plantearse una cuestión como la de la consecutividad o no-consecutividad”.[viii]


El concepto linearista del tiempo es entonces una de las más profundas adherencias del concepto moderno de signo a su historia. Pues, en el límite, es el concepto de signo el que permanece comprometido en la historia de la ontología clásica, y la distinción, por más débil que sea, entre la faz significante y la faz significado. El paralelismo, la correspondencia de las faces o de los planos, no cambia nada. Que esta distinción, aparecida en primer término en la lógica estoica, haya sido necesaria para la coherencia de una temática escolástica dominada por la teología infinitista, he aquí lo que nos impide tratar como una contingencia o una comodidad el uso que se hace de ella actualmente. Lo hemos sugerido al comienzo. Tal vez ahora las razones aparezcan más claras. El signatum remite siempre, como a su referente, a una res, a un ente creado o, en todo caso, primeramente pensado y dicho, pensable y decible en el presente eterno dentro del logos divino y precisamente en su aliento. Si llegaba a tener relación con el habla de un espíritu finito (creado o no; en última instancia de un ente intra-cósmico) mediante el intermediario de un signans, a pesar de esto el signatum tenía una relación inmediata con el logos divino que lo pensaba en la presencia y para el cual éste no era una huella. Y para la lingüística moderna, si el significante es huella, el significado es un sentido pensable en principio en la presencia plena de una conciencia intuitiva. La faz significado, en la medida en que aún se la distingue originariamente de la faz significante, no es considerada como una huella: de derecho, no tiene necesidad del significante para ser lo que es. En la profundidad de esta afirmación es necesario plantear el problema de las relaciones entre la lingüística y la semántica. Tal referencia al sentido de un significado pensable y posible fuera de todo significante, permanece dentro de la dependencia de la onto-teo-teleo-logía que acabamos de evocar. Por lo tanto es la idea de signo lo que sería preciso desconstruir mediante una meditación sobre la escritura, que se confundiría, como debe hacerlo, con una solicitación de la onto-teología, repitiéndola fielmente en su totalidad y conmoviéndola en sus más firmes[ix] evidencias. Uno es conducido a esto necesariamente desde el momento en que la huella afecta la totalidad del signo en sus dos faces. Que el significado sea originaria y esencialmente (y no sólo para un espíritu finito y creado) huella, que esté desde el principio en posición de significante, tal es la proposición, en apariencia inocente, donde la metafísica del logos, de la presencia y de la conciencia debe reflexionar acerca de la escritura como su muerte y su fuente.

Jacques Derrida

uno-dos-tres


[i] Desde este punto de vista hemos intentado una lectura de Freud (“Freud et la scène de l’écriture”, en L’écriture et la différence.) Ella pone en evidencia la comunicación entre el concepto de huella y la estructura de “retardo” de que hablábamos más arriba.

[ii] Más de un sistema mitológico está habitado por este tema. Entre tan!os otros ejemplos, Thot, el dios egipcio de la escritura evocado en el Fedro, el inventor de la astucia técnica, análogo a Hermes, ejercía también funciones esenciales en el rito funerario. En tales ocasiones era el acompañante de los muertos. Inscribía las cuentas antes del juicio final. Cumplía también la función de secretario suplente que usurpaba el primer lugar: del rey, del padre, del sol, de su ojo. Por ejemplo: Por regla general el ojo de Horus se convirtió en el ojo lunar. La luna, como todo lo que se refiere al mundo astral, intrigó mucho a los egipcios. Según una leyenda la luna habría sido creada por el dios-sol para que lo reemplazara durante la noche: era Thot a quien Ra había designado para ejercer esta alta función de suplencia. Otro mito trataba de explicar las vicisitudes de la luna según un combate periódico cuyos protagonistas eran Horus y Set. En el transcurso de la lucha, el ojo de Horus le fue arrancado, pero Set, finalmente vencido, fue obligado a devolverle a su vencedor el ojo que le había sacado; según otras versiones el habría vuelto por sí mismo o, inclusive, habría sido devuelto por Thot. Sea como fuere Horus encuentra con alegría su ojo y lo coloca en su lugar después de haberlo purificado. Los egipcios llamaron a este ojo udjat “el que goza de buena salud”. El papel del ojo udjat fue considerable en la religión funeraria, en la leyenda osiriana y en la ceremonia de la ofrenda. Esta leyenda tuvo más tarde una contrapartida solar: se contaba que el amo del universo, en el origen del mundo, se habría visto privado, no se sabe por qué razón, de su ojo. Encarga a Shu y Tefnut recuperárselo. La ausencia de los dos mensajeros fue tan larga que Ra se vio obligado a reemplazar al infiel. El ojo, cuando finalmente fue traído por Shu y Tefnut, se encolerizó (a) mucho al ver que su lugar estaba ocupado. Ra, para calmarlo, lo transforma en serpiente-uraes, y lo coloca sobre su frente como símbolo de su poderío; en otra versión, le encarga defenderlo de sus enemigos. (a) El ojo derrama lágrimas (rémyt) de las cuales nacen los hombres (rémet); el origen mítico de los hombres descansa, como se ve, sobre un simple juego de palabras (Jacques Vandier, La religion égypttenne, PUF pp. 39/40). Se comparará este mito de suplencia de la historia el ojo con Rousseau (cf. más adelante, p. 189).

[iii] Linguistique et theorie de la communication (op. cit., pp. 87/88).

[iv] Cf. particularmente “La trace de l’autre”, en Tijdeschrift voor filosofie, sept. 1963, y nuestros ensayos “Violence et métaphysique, sur la pensee d’E. Levinas" en L’écriture et la différence.

[v] Nos permitimos remitir aquí a un ensayo (a aparecer), Ousia et Grammé, note sur une note de Sein und Zeit.

[vi] P. 132. Ver también todo lo concerniente al “tiempo homogéneo”, pp. 94 y siguientes.

[vii] Op. cit., p. 165. Cf. también el ya citado artículo de Diógenes.

[viii] Mercure de France, feb. 1964, p. 254. Al presentar este texto J. Starobinski evoca el modelo musical y concluye: “Esta lectura se desarrolla según otro tempo (y en otro tiempo): en el límite, se sale del tiempo de la ‘consecutividad’ propio al lenguaje habitual.” Sin duda podría decirse propio al concepto habitual del tiempo y del lenguaje.

[ix] Si tratamos de demostrar la necesidad de esta “desconstrucción” privilegiando las referencias saussurianas, no se debe sólo al hecho de que Saussure domine aún la lingüística y la semiología contemporáneas; también es porque nos parece que se mantiene en los límites: a la vez en la metafísica que es preciso desconstruir y más allá del concepto de signo (significante/significado) del que todavía se sirve. Pero con qué escrúpulos, con qué vacilaciones interminables, en especial cuando se trata de la diferencia entre las dos “caras” del signo y de lo “arbitrario” uno lo comprueba al leer R. Godel, Les sources manuscrites du cours de linguistique générale, 1957, pp. 190 y sgts. Señalemos, de paso: no está excluido que la literalidad del Curso, a la que hemos debido referirnos, parezca un día muy sospechosa a la luz de los inéditos cuya edición se prepara actualmente. Pensamos en particular, en los Anagrammes. ¿Hasta qué punto Saussure es responsable del Curso tal cano ha sido compuesto y publicado después de su muerte? El problema no muevo. ¿Es necesario precisar que, aquí al menos, no podemos acordarle ninguna pertinencia? Salvo engañándose profundamente respecto a la naturaleza de nuestro proyecto, se habrá advertido que, inquietándonos poco por el pensamiento mismo de Ferdinand de Saussure mismo, nos hemos interesado por un texto cuya literalidad ha desempeñado el papel que se conoce desde 1915, funcionando en un sistema de lecturas, de influencias, de desconocimientos, de préstamos, de refutaciones, etc. Lo que ha podido leerse -y también lo que no ha podido leerse- bajo el título de Curso de lingüística general nos importaba al margen de toda intención oculta y “verdadera” de Ferdinand de Saussure. Si se descubriera que ese texto ocultaba otro -y siempre se tendrá trato sólo con textos- y que lo ha ocultado en un sentido determinado, la lectura que terminamos .de proponer no será, al menos por esta única razón, invalidada. Por el contrario. Esta situación, por otra parte, fue prevista por los editores del Curso al término de su primer Prefacio.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O HUMANISMO E A ENTROPIA DO CAOS

    
http://filosofiaperene1.blogspot.com.br/2015/04/o-humanismo-e-entropia-do-caos.html

“A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais. (Marx e Engels, “Manifesto Comunista”)

Por detrás de cada intenção “inocente” do Humanismo, existe uma sub-intenção maliciosa do capitalismo, que o socialismo tampouco pretende extirpar mas apenas coletivizar. O marxismo termina assim alterando certas regras burguesas de auto-regulação inspiradas no “darwinismo social”, onde o liberalismo se coaduna com a livre-concorrência. A astúcia se converte no poder das massas, que não deixa de ser outro elemento “seletivo”.


Não obstante, o darwinismo atesta através da seleção das espécies, não apenas mecanismos de melhoria genética, como também de regulação demográfica. Ao assumir o darwinismo social, o capitalismo tem o mérito de afirmar esta regulação populacional, frágil não obstante sob a hybris humana, e que o socialismo radical virá exacerbar. Para repartir seus lucros, o capitalismo julga necessário ampliar a produção e aí temos um círculo vicioso com direto impacto ambiental.

A Natureza é aristocrática, ela trabalha primeiramente com a seleção -sem afastar a “colaboração” quando possível- das espécies. Isto não significa extirpar os inexcelentes, apenas define hierarquias. O verdadeiro trabalho da cultura “humana” não está em anular as hierarquias, mas sim em resignificá-las refinando-as. Quando as falsas utopias querem extirpar até as classes naturais, estão afrontando diretamente os potenciais da dimensão humana de ser.
O capitalismo porém é lupino, como um predador oportunista, vale-se das ideologias para lucrar incessantemente, porém o socialismo não fica atrás, em especial o “socialismo-de-mercado” que imita os métodos capitalistas.

Cada “nobre causa” humanista tem por detrás um propósito capitalista inconfesso. É a criança que deve estudar para não ser “apenas um lavrador ignorante” (o que se estende aos índios “atrasados” e “primitivos”); é o jovem rural que é estimulado a abandonar o campo para ter outra profissão mais rentável; é o nordestino que deve migrar para o sudeste a fim de não perecer sob a fome cruel e o abandono social; é a mulher levada a se “emancipar” para aumentar o mercado-de-trabalho e “ajudar nas rendas da família”; são os homossexuais que são promovidos socialmente para incentivar o consumo –e o que mais vier. O próprio ambientalismo pode virar “causa engajada” no capitalismo à medida em que os velhos modelos se tornem impopulares e haja novas tecnologias disponíveis. A lista poderia se estender sem fim, como nas falsas reformas agrárias onde ao pobre são dados lotes na Amazônia a fim de calar o protesto ambiental contra a ocupação da área.



Dimensões do Humanismo

Dir-se-á então: “-Bem, tudo indica daí que o verdadeiro culpado por tudo isto sejam as ideologias econômicas, e não o próprio Humanismo!” Vejamos, porém. O grande significado –e também o maior problema– do Humanismo está na exaltação (e logo na banalização) do livre-arbítrio. E aqui existe um certo “pecado original”, movido pela desobediência contra o justo e que induz ao erro.




Em nome do Humanismo se promovem as “liberdades individuais”, mais ou menos socializadas na verdade, não raro seletivamente socializadas. Mesmo no marxismo jamais se alcançou driblar mazelas crônicas como o racismo e o chauvisnismo cultural, numa palavra, as essências do imperialismo. É redundante dizer que o capitalismo seja elitista, porém a burguesia “liberal” pretendeu “socializar” os poderes da velha aristocracia que era ainda mais restritiva, sem estender estes direitos a todos. Justiça, saúde, conforto, segurança, patrimônio... é a riqueza que dá acesso às coisas. Para buscar resolver isto surgiu o socialismo em seus diferentes matizes, gerando a etapa capitalista da globalização através da Guerra Fria.


O Humanismo teve início no Renascimento, numa busca pela reintegração da cultura universal; a espiritualidade franciscana associada ao paráclito ou ao pentecoste, também representa um humanismo cósmico ou espiritual futurista. Porém no Iluminismo já se implantou o Humanismo Secular. A frase de Protágoras “o homem é a medida de todas as coisas” pode ter um fundamento amplo, mas pode ser usada de forma reducionista.
Por definição o Humanismo é antropocêntrico, em oposição ao teocentrismo. Ora, de que resolve celebrar o heliocentrismo científico, se continuamos na prática terracêntricos através do Antropocentrismo? A origem remota do terracentrismo –na verdade, o próprio Antropocentrismo- é astrológica (anterior aos próprios “mitos da Criação”). Um verdadeiro heliocentrismo deveria nos induzir à espiritualidade e à monarquia, tal como havia entre as antigas sociedades cultoras do Sol!

O hieratismo (ou o hierarquismo) não significa porém nenhum desumanismo, trata-se das filosofias holísticas ou apenas idealistas contrárias ao materialismo reducionista. Isto não denota um desprezo ao humano, somente ao “demasiado humano” que pode -este sim- levar ao desumano. Mesmo sendo compassiva e fraternalista, a Igreja se posiciona contrariamente ao Humanismo. E no entanto, as nossas enciclopédias admitem que as teocracias foram os regimes com maior humanidade na História...


A arte grega dos períodos Arcaico e Clássico ilustram simbolicamente estas distinções, abaixo. No modelo antigo o homem é como uma cariátide ligando céu e terra, e no modelo humanista o ser humano está centrado em si mesmo e desligado das outras dimensões.

     

Hieratismo e Classicismo

Na Antiguidade temos uma arte hierática que visa transmitir o espírito e a ordem, e no Classicismo vemos uma arte naturalista que se deleita em reproduzir a própria forma e a liberdade –curiosamente, atualmente se respeita muito mais o estilo simbolista do que o realista; ainda se pode admirar as habilidades de um Fídias ou de um Michelângelo, porém se deixa para o olho mecânico da máquina fotográfica a capacidade de reproduzir o óbvio.
As coisas levam porém um longo tempo até alcançar um ponto realmente crítico, quando o Humanismo termina sendo formulado como materialismo e atrelado à ciência objetiva. Grosso modo este processo pode tardar até milênios (adiante detalharemos estes ciclos), e toda a civilização cristã esteve de algum modo nele imersa. O curso histórico de massificação da cultura iniciado ali pela época do Buda colocou as bases para esta etapa da humanidade, através da codificação da literatura, dos regimes republicanos e das “religiões universais”.
As civilizações da era cristã são no geral altamente limitadas e fracionadas, se comparadas ao holismo notável da Antiguidade. A modernidade é apenas um novo movimento no pêndulo de uma balança que foi antes demais para o outro lado na era medieval.

Todas as fundações da Civilização, que o Humanismo renega de forma tão veemente, vem do período Hierárquico da humanidade - a Modernidade reconhece como válido apenas os momentos republicanos e ditos “científicos”. Mas ainda que reconheça que a História seja oriunda do Hierarquismo, graças a tantas conquistas inegáveis, este nunca teve maiores pretensões históricas ou temporais. A cultura humanista e a clássica sempre estiveram no bojo da cultura hierárquica antiga!


O Humanismo Secular moderno apenas não reconhece a integridade da Antiguidade (que não obstante inspirou o Humanismo Renascentista da “era dos reis” na Europa), porque teria que dar a mão à palmatória sobre o papel fundacional dos regimes teocráticos e monarquistas que regeram aqueles períodos originais da civilização.

Não obstante, existe esta ruptura, que o perenialista René Guenon analisou em sua última e brilhante obra “O reino da quantidade e os sinais dos tempos”, que é um desenvolvimento de “A Crise do Mundo Moderno”, consideradas as obras mais importantes do autor. Em “O reino...” Guenón afirma que a suprema característica da mentalidade moderna seria “a tendência para tudo reduzir a um exclusivo ponto de vista quantitativo”. 


O humanismo opta justamente por enfatizar a fase da civilização que privilegia as formas de cultura aparente e feitas para as massas humanas, como se antes da socialização da escrita o conhecimento não estivesse acessível. Talvez certos conhecimentos fossem mesmo mantidos entre as elites e a serviço do Estado. O homem que sabe ler e calcular também pode enriquecer, e com isto as coisas saem do controle produzindo o “reino da quantidade”.
Por consequência, o Humanismo resulta no império do caos e da anarquia, ao passo que o Hieratismo é o reino da ordem e da hierarquia. Sabemos que as duas classes idealistas (clero e aristocracia) pautam a sua organização ideal através de ordens, ao passo que duas classes materialistas (burguesia e proletariado) optam por se organizar mediante as democracias.

Cosmologia social

A Cosmologia, fora do Naturalismo e da Mitologia, apresenta grande significado em duas outras esferas: o Esoterismo (Alquimia) e a Sociologia. Quando um mito afirma que o mundo foi criado, pode estar fazendo referência à obtenção de uma estrutura social legítima e organizada. Quando esta hierarquia se cristaliza, ou ela se refaz ou ela decai rumando para a anarquia. Eventualmente a cristalização abriga ainda tanta virtude (quiçá através de elementos de renovação parcial) que o decaimento tarda séculos. 


A Europa vive há muitos séculos processo social desconstrutivo, onde se visa comumente hoje (e algo utopicamente) a anulação das estruturas sociais. Esta desconstrução resultará num “caos” anárquico, onde se implantará a “igualdade pela forma” (uniformização) pese a diversidade de essências (deveres iguais). Já as Américas estão num processo oposto de construção, onde os elementos sociais tratam de desdobrar-se para criar novos, num quadro de cosmificação ou ordenação que busca a “igualdade pela essência” (direitos iguais) porém com diversidade da forma (multiformização).


Estes dois arcos históricos (análogos a períodos de evoluções muito mais amplos do mundo) ocupam pois ciclos de 2.600 anos, subdivididos em ciclos de 1300 anos (presente no Apocalipse como 1250, donde as avaliações de Joaquin di Fiori sobre as “Idades divinas”). Esta é a Ordem das Idades do Mundo, segundo várias tradições, ocupando as divisões da Era solar:

a. Idade de Ouro: Clero ......... Hierarquismo Superior (Teocracia, Sinarquia): Século XXXII a.C. A Era do Mito.
b. Idade de Prata: Aristocracia . Hierarquismo Inferior (Monarquia, Oligarquia): Século XIX a.C. A Era da Epopéia.
c. Idade de Bronze: Burguesia .. Anarquismo Superior (República, Plutocracia): Século VI a.C. A Era da Filosofia.
d. Idade de Ferro: Proletariado . Anarquismo Inferior (Democracia, Ditadura): Século VII d.C. A Era da Ciência.

A Eurásia está no final desta escalada, e as Américas recém a esta iniciando. Cada qual possui um grande papel no drama do mundo.

Como culminação da atrofia materialista imposta a ferro e fogo através de guerras mundiais e ditaduras cruéis, poderemos assistir a explosão de uma verdadeira bomba climática, na qual estaremos imersos por séculos a fio, da qual o atual aquecimento local e os transtornos ambientais são prenúncios.


Como supunha Hegel, a História é um eterno devir em transformação, porém há momentos que se poderia considerar críticos e outros que são como partos, e nisto tudo se aprende sobre a necessidade de trancafiar certos dragões para que as coisas tenham paz, harmonia e integridade, fazendo com que de entremeio a História possa se manter com razoável estabilidade. 


A observação destes movimentos da História não permite refutar a Dialética Histórica ou as mudanças culturais das idades assinaladas por outros historiadores e sociólogos, no sentido: Mito -> Epopéia -> Filosofia -> Ciência. Tal coisa se acentua em momentos de transição civilizatória como sucede nos séculos atuais.


Hoje temos um mundo que nos oferece as duas faces do radicalismo material e espiritual, e cada vez mais se enfrentado. De um lado o extremo consumismo e de outro lado o extremo fanatismo, este representado especialmente por grupos radicais do Islã rendidos à sociedade do espetáculo, capazes de assassinar gratuitamente crianças inocentes e destruir obras de arte milenares.


Embora muitos perenialistas apreciem o Islã, especialmente por sua arte e pelos encantos do sufismo, e ainda que esta civilização tenha conhecido momentos gloriosos, o Islã representa a mais característica religião do Kali Yuga (ver datações das Idades do Mundo, acima), a Idade das Trevas, e a mais “humanista” também, contendo elementos para conter certas debilidades humanas mas libertando outras tantas mazelas. Tal como a democracia falha, uma religião guerreira tribal disseminada numa cultura-de-massas pode chegar a representar um grande risco para o mundo.


Igualmente uma doutrina característica do encerramento da Idade de Ferro, o marxismo é outro dragão ainda presente, especialmente através da China, algo também a preocupar, com seus elementos ideológicos e raciais próprios.


"tudo o que é sólido...", nathalia cruz
A mudança dos costumes

Pouca gente sabe que a frase “tudo o que é sólido se desvanece no ar” foi retirada do “Manifesto Comunista”. Na frase contígua do “Manifesto” que abre o nosso texto, sobre as transformações da economia e das relações sociais que a burguesia promove, caberia incluir a “revolução” dos costumes. O foco contínuo e artificial no consumo bestializa e infantiliza o ser humano, mantendo-o preso aos instintos. Na verdade o capitalismo confina as pessoas como gado nas cidades para que consumam neuroticamente ou para que a sua neurose as leva a consumir. Sob o peso de tantos fetiches, os modelos tradicionais de relacionamentos tampouco podem subsistir.


A burguesia não deveria então existir? Este seria uma conclusão precipitada. Na verdade, apenas não deve haver a atrofia sócio-cultural, pois cada classe têm a sua função. Onde uma tem demais, a outra terá de menos. Este seria inclusive uma das razões para não haver propriedade socialista em algumas visões de mundo: se uma classe massiva tiver poder material, ela  desequilibra as coisas. O que restará às outras classes senão a própria extinção? Com isto teremos a banalização da cultura, onde tudo será levado a rés do chão. A cultura surge da qualificação do ócio, e para isto se faz necessário a reflexão e a contemplação. Uma definição corrente de “civilização” está na existência de classes não envolvidas na produção material, mas na verdade isto poderia definir a própria cultura!
Porém, a burguesia regula o poder social através da exploração e da opressão. A dita citação do “Manifesto Comunista” sobre as dinâmicas incessantes da burguesia, atesta a razão de se dizer não haver uma “burguesia” na Idade Média quando, anteriormente, “a conservação inalterada do antigo modo de produção constituía, pelo contrário, a primeira condição de existência de todas as classes industriais anteriores” (op. Cit.). 


Contudo, cabe também uma palavra favorável à “burguesia”. Existem formas de expressar a essência da burguesia que sequer passam pela literalidade do termo com origem nos burgos medievais e nas rotulações mercantilistas. Na Índia a casta vaishya representou este fato, incluindo através das suas transformações expressões propriamente burguesas:
“Os textos religiosos hindus atribuem aos Vaishyas os papéis tradicionais na agricultura e na criação de gado, mas ao longo do tempo eles chegaram a ser proprietários de terra, comerciantes e agiotas.”*

Ou seja, os vaishyas eram trabalhadores rurais (havia também os sudras, serviçais e operários da casta inferior) sob o feudalismo hindu (surgido após a decadência das cidades), que aos poucos foram se tornando proprietários e mercadores. Com isto podemos identificar as origens da burguesia medieval na Europa, através daquela camada de trabalhadores que desejavam se emancipar economicamente dos feudos como nos serviços administrativos que realizavam os vilões (assistentes feudais que residiam nas vilas) ou apenas refugiando-se nos burgos, coisa que segue acontecendo apesar de não raro criar populações periféricas e marginalizadas que apenas servirão na estruturação das cidades e para outros serviços à burguesia.


A resposta do avanço sócio-cultural

Para encerrar nosso texto devemos apontar soluções, que na verdade estão parcialmente sugeridas nas considerações acima.


O Humanismo é um problema? Devemos regressar ao Hieratismo, ou quem sabe superar estas dicotomias e procurar novas sínteses? A oniabarcância pode denotar presunção, mas se buscada com arte e sabedoria pode conduzir a avanços. A síntese do universal ou o ecumenismo são importes por muitas razões, inclusive como resgate. Uma vez que se tem um todo, as coisas seguem o seu curso natural.


Daí também o papel da democracia. Isto vale para o geral, havendo também o particular. Há que ver cada situação, não se pode dar a mesma prescrição para doentes diferentes. Hoje temos novas e urgentes causas na mesa. Quando o idealismo holístico alcança preservar a ordem, a paz e o meio-ambiente com muito mais facilidade e segurança do que o realismo materialista, então devemos refletir seriamente sobre a verdade de nossas ideologias.



O feudalismo é um sistema econômico pré-estatal que costuma resultar da crise civilizatória e de valores. Ora, o colonialismo potencializa muito bem esta problemática! Através do feudalismo a sociedade alcança redignificar-se e se libertar dos artifícios civilizatórios, entre elas e exploração social endêmica e a alienação existencial.


Para as sociedades-em-formação o feudalismo é uma etapa econômica natural, porém atenção: tudo possui êmulos, e não cabe confundir feudos com latifúndios ociosos ou anti-sociais! Estes são formas de alcançar efeitos contrários através da simulação, uma vez que retira o homem da terra.

É preciso compreender daí o que representa realmente o feudalismo. Os feudos aristocráticos são como satélites da coroa, semelhantes ao sistema solar. 


Paradigmaticamente, a coroa é porta-voz de uma Causa central que une a todos.
Não obstante, há que afirmar estes valores e sistemas sem crises sociais. É preciso buscar a diversidade cultural (e econômica) como reflexo da pluralidade social. Nas Américas as classes ainda estão em formação, as verdadeiras classes próprias apenas surgem através da identidade particular. Não se pode criar uma classe local importando intelectuais (ou ideias), religiosos (ou dogmas), burgueses ou militares com interesses alheios.


Por isto cabe organizar os modelos econômicos propícios para todas as classes. Quando o presidente João Goulart propôs uma reforma agrária no começo dos anos 60, ele estava andando no compasso natural da nossa História. Logo foi derrubado por causa disto e outros motivos (muitos deles totalmente falsos), e o curso oposto é que foi incrementado, inchando as cidades e esvaziando os campos até não se poder mais, sob a imposição ditatorial imperialista...


Resta hoje aos idealistas mais lúcidos, inspirados também pela cultura alternativa, e assim como à burguesia esclarecida premida pela crise das cidades e ambientalistas, tratar de fazer aquilo que já deveria ter sido feito, investindo na restruturação sócio-cultural da nação. Se uma reforma agrária resulta tão complicada alcançar, o mínimo que podemos pedir são cidades novas sustentáveis com justiça social e qualidade-de-vida.

* Em http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Vaishya&prev=search


Luís A. W. Salvi é autor polígrafo com cerca de 150 obras, e na última década vem se dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a construção sócio-cultural das Américas.
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Veni, vidi et vinci.




http://glossarioholistico.blogspot.com.br/2010/07/glossario-de-termos.html

CADEIRA DE FOGO. (esoter.) Uma das “provas de realeza” (ver) tradicionais. Forma misteriosa de “desafiar o rei” na tradição arthuriana ou na tradição celta solar. Pelo mito, apenas um rei verdadeiro teria capacidade de suportar a força desta cadeira, que simboliza também o Trono ideal, a Cadeira vazia ou o Trono vazio (ver). Modernamente, LAWS propõe uma prova semelhante, através do uso de instrumentos científicos capazes de identificar a fisiologia peculiar dos iluminados; posto que tal conquista revoluciona significativamente o ritmo do sistema nervoso de um indivíduo.

CHAVE QUÂNTICA. (ciencia) Uma das mais relevantes chaves quânticas, diz respeito à percepção da importância do observador no processo de apreensão do real, de modo a, conforme a qualidade da consciência, o mundo poder ser percebido como algo mais objetivo ou mais subjetivo, a partir da visão da luz (fóton) como onda (espírito, fluído) ou partícula (matéria, corpúsculo).

CÍRCULO “NÃO-SE-PASSA” (esoter.) “(O) circulo ‘não-se-passa’ está condicionado pelas esferas solares/logóicas, (que) correspondem aos “três sóis” que dominam os níveis de polarização na evolução do Grande Sistema Solar Tríplice (também conhecido no Ocultismo como “Aquele-Sobre-Quem-Nada-Pode-Ser-Dito”) ou O Logos Absoluto. Para além do circulo “não-se-passa” reinam as energias ditas informes e “espirituais” (cf. “Um Tratado Sobre Fogo Cósmico”, pg. 242; Bailey). (...) Representa uma formação matemática em si mesma, associada à Maya Superior ou a elaboração das Formas pelo aspecto Vishnu ou Segundo da Trindade, responsável pela composição dos Arquétipos que configuram a esfera da Maya Universal ou os Moldes (Formas) para a Encarnação. (...) (A) sétuple evolução projetada desde cada uma das esferas de fogo do Zodíaco, configura a estrutura cíclica do Círculo ‘não-se-passa’ sistêmico, aplicada a qualquer entidade organizada de forma tríplice ou divina” (LAWS, “Trikosmos”)

DIABO. (teolog.) Do grego diabololos, “separativismo”, o qual pode ser fomentado através de diferentes expressões culturais: sociais, sexuais, raciais, religiosas, etc. - e sobretudo, tudo isto ao mesmo tempo. Segundo a Bíblia, a grande característica do diabo é a calúnia e a falsidade, porque faz parte da sua estratégia capital de se ocultar ou de falsear as suas intenções, invertendo assim a imagem das coisas. Tal como sucede a Deus, o conceito de diabo também ostenta muitas facetas. A imagem do diabo, não raro envolve familiares do messias, tal como o Rei Kamsa (pai de Krishna), valendo notar aproximações no pai de Buda e no de São Francisco. Ou irmãos maus como Set (irmão de Osíris) e Cain. As lenda arturianas trazem relatos paralelos, inclusive a dramática situação do rei ter que embater-se com seu filho bastardo, Mordred; o rei Davi passou por algo assim, embora não se trate de um bastardo, antes pelo contrário, tal como Cain também era o primogênito, o que serve para desmistificar convenções arraigadas. Por sua proximidade natural aos eleitos, aos santos e messias, tais figuras perversas detém posição privilegiada para tentar prejudicar e perseguir as divinas missões, despertando obcessões que fazem um contraponto negativo à natureza generosa e à conduta especial dos Enviados. A escola doméstica de deuses e demônios é uma realidade histórica; ali mesmo, uns são levados à cruz mais ominosa, enquanto outros são alçados aos privilégios mais injustificáveis. A competição natural de irmãos, pode chegar a adquirir contornos altamente mórbidos como sucedeu entre Cain e Abel, quando não tratado de forma adequada e precoce, muitas vezes sendo os pais grandes responsáveis pelo fomento destas situações. Sem dúvida, o germe do Mal não prolifera sem uma má educação ou um ambiente infantil desfavorável, como a Ciência percebe acerca da natureza dos psicopatas e dos sociopatas, enfermidades tidas como incuráveis por envolver a própria formação do caráter. Ocorre que o nascimento de um predestinado, com suas virtudes e dificuldades, pode encontrar já no berço uma rivalidade fraticida no oportunismo e, sobretudo, na inveja. Daí a elaboração precoce de uma das mais contumazes armas do diabo: a calúnia, donde ter entre seus títulos principais o de “acusador”. O carma destes personagens opressivos, também se potencializa pelo fato de poderem auxiliar positivamente numa grande missão, mas optam, da forma mais ominosa e gratuita, por perseguir o curso oposto, totalmente enceguecidos pela inveja, pela maldade e pela cobiça como estão. Isto os levam a desenvolver uma “síndrome de bastardo”, promovendo uma perseguição sistemática ao escolhido por Deus. Tal como o messias é a revelação da virtude mais alta, a manifestação do diabo é o fruto do amadurecimento do Mal e do carma de toda uma raça. Por isto, a revelação do diabo e a denúncia cabal da sua natureza, são necessárias para que não mais tenha mais raízes na Terra e permita a renovação da humanidade. Por isto o Apocalipse é insinuante, ao relacionar Satã à cifra 666 ou 616, como o “número de um homem”. Existe agora um novo número, que é 555, cuja soma literal remete justamente ao Arcano XV, dito “O Diabo”, um andrógino chifrudo com asas-de-morcego que acorrenta um homem e uma mulher decaídos, atestando a sua sina de dominação humana e também a sua androgenia mundana –leia-se: homossexualidade-, forçada, luciférica e artificial. Na numeração romana, resulta em V-V-V, que equivale às iniciais de frase guerreira veni, vidi et vinci (‘vim, vi e venci’) proferida por César, um anti-cristo, mas nunca a frase salvadora viae, veritas et vitae do próprio Cristo. Não se trata já de um número humano, mas de um misto de Torre de Babel, Armagedon e Sodoma (pois ele é o rei da mentira, da violência e da perversão), em símbolos geográficos, urbanísticos e arquitetônicos, situada sob o nome do guerreiro maior de um antigo império abominado, e na mesma cidade que viu nascer o Ungido. Ver também MAL, CAIN, JUDAS, DEMÔNIO e IRUS.

DEUS-MENINO, Mito do. (filosof.) “Este mito vela no seu frescor e na sua inocência todos os símbolos da renovação do mundo, representados pelo nascimento divino numa virgem, que no caso é a luz. Pois este é o mito da iluminação original, sob a Árvore da Vida. E é também o mito do sacrifício e da crucificação, da fra­gilidade aparente e da expiação dos males do mundo pelo Cordeiro que se oferece em nome de todos. É o divino ‘porteiro’ que traz as duas chaves, do céu e da terra, e as oferece ao mundo em favor da justiça terrena e do progresso da alma. (...) Os sinais de identificação de um Avatar são muito ricos, e geralmente transmitidos através de mitos e símbolos. Um dos mais importantes é o mito do deus-menino, que vela processos únicos da realização espiritual, anunciando a chegada de um iluminado dentro dos padrões estritos do Microcosmo, o que vale dizer, com um apro­­­veitamento máximo de esforços e sob estruturas arquetípicas, incluindo processos de suprema dificuldade.” (As Promessas do Arco-Íris)

DEVAYANA. (sânsc.) O “Caminho dos Deuses” (ou “dos Anjos). A chamada “Quarta Volta do Dharma”, já está relacionada à Grande Ocidentalidade, e tem direta relação com os Novos Mistérios, inclusive ao nível de Hierarquia, confluindo com a linguagem dos anjos (ver) da Cúpula de Cristal. Numa dada acepção, a nova escola também aproveita técnicas do Vajrayana tal como o Deva Yoga. “O Devayana se caracteriza como ocultamente intuitivo e altamente prag­má­tico. Atuando todo o tempo com a representação e a drama­tização do pro­­cesso de iluminação, trata-se de uma Escola de Quarto Caminho e, mais que isto, de pleno Sendeiro de Retorno, voltada para as rea­li­za­ções finais do ser humano, surgindo num momento em que a hu­­­­mani­dade de­­ve conhe­cer a iluminação de uma forma massiva, não apenas para o sur­gimento dos novos arhats, mas de toda uma nova humanidade, na expressão da Quarta Raça sagrada (ou da Sexta Raça-Raiz), a Americana.” Ver TUSHITA.

EQUILÍBRIO. (filosof.) A arte de harmonizar os opostos. O equilíbrio é a grande meta da existência, que para alcançar a harmonia se vale do ritmo, através do qual vai realizando a fusão dos contrários. O equilíbrio é aquilo que fecunda realmente as coisas, permitindo superar o tempo e a própria finitude. “A vida é equilíbrio sagrado das coisas, uma verdadeira arte de cair e de levantar. Todo o movimento físico que realizamos, é um jogo de equilíbrio que controla a queda. Alguém definiu o caminhar como uma compensação da queda para frente. Quando um pássaro quer voar desde o seu ninho, ele se deixa cair um tanto para adquirir velocidade. A curva na bicicleta demanda uma inclinação, que é também uma queda temporária. Acaso esta realidade física, não se aplica também em outros planos?” (A Religião da Vida) Ver TULA.

JANUS. (mitologia) Divindade romana relacionada à transição do tempo, passado e futuro, vindo daí a nomear o mês de Janeiro. 1. Em Astrologia, a presença de Saturno nas regências do Zodíaco clássico: “O duplo-Saturno contíguo de Capricórnio e Aquário, oferece uma imagem ímpar do Janus bifronte, deidade que deu o nome do signo de Janeiro, associado a estes mesmos signos. Existe o Saturno obscuro ceifador que é Kronos e existe o Saturno luminoso e criador que é Kairos.” (Tetragrammaton)