''Os insignificantes cinco milênios de Homo Sapiens'' , disse Rupert Sheldrake , com a boca semi-sorridente ''correspondem, em comparação com a história da vida orgânica na Terra, a qualquer coisa como dois segundos no fim de um dia com vinte e quatro horas. E toda a história da civilização humana, se a inseríssemos nesse registro, mais não seria do que um quinto do último segundo da última hora ''. O AGORA (Jetztzeit ) , que, como modelo do tempo messiânico, concentra em si, numa abreviatura extrema, a história de toda a humanidade, corresponde milimetricamente àquela figura da história da humanidade no contexto do universo. O ''tempo'' que os adivinhos interrogavam para saber o que ele trazia no seu ventre não era certamente visto como tempo homogêneo ou vazio . Quem tiver isso presente, talvez possa fazer uma remota idéia de como o tempo passado foi experienciado na presentificação anamnésica (Eingedenken) ---- exatamente dessa maneira. Como se sabe, os Judeus estavam proibidos de investigar o futuro. Pelo contrário, a Torá e as orações ensinam a prática dessa presentificação anamnésica. Isso retirava ao futuro o seu caráter mágico, que era aquilo que procuravam os que recorriam aos videntes. Mas isso não significa que, para os Judeus, o tempo fosse homogêneo e vazio, pois nele cada segundo era a porta estreita e temida por onde podia entrar o Messias à galope.
K.M.
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