Eu creio que o logocentrismo ocidental não se deve a um excesso , mas a uma escassez de razão. O privilégio do ente na ontologia,da consciência na teoria do conhecimento, da proposição enunciativa e da verdade proposicional na semântica são, em três períodos muito distanciados entre si, exemplos do mesmo estreitamento congnitivista do conceito de razão. Pode ser antiquado , mas creio que tbm hoje nos encontramos ainda, como Kant, diante do problema de explicar onde o conhecimento objetivante, o discernimento moral e a força do juízo estético encontram sua unidade procedimental.
K.M.
A unilateralização cognitivo-instrumental do conceito moderno de racionalidade espelha a unilateralização objetiva de um mundo da vida modernizado de forma capitalista. Por isso, superar o ''logocentrismo '' não pode ser assunto somente do pensamento filosófico e da formação de teorias nas ciencias sociais. A filosofia e as ciências podem contribuir para tornar acessíveis de novo as dimensões soterradas da razão --- mais precisamente, por meio da força explorativa da própria razão, ajudando a recolocar em movimento , na práxis cotidiana alienada , o jogo de conjunto paralisado do cognitivo-instrumental com o prático -moral e o estético -expressivo, como um m´bil que estancou persistentemente.
ResponderExcluirK.M.
Se o paradigma da consciência é substituído ´pelo paradigma do entendimento, as análises pacientes podem tornar visível de novo o potencial de uma racionalidade não redutora, inserido nas ações comunicativas cotidianas.
ResponderExcluirK.M.